27/08/2016

De Fruet a Gilmar Mendes, passando por Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann, entre outras figuras nada exemplares!

        Nossa história começa na plataforma da balsa que atravessa o Rio Ivaí, na altura de Cândido de Abreu, nos confins do Paraná.
        Nela, viajavam num carro, com um belo dístico da Assembleia Legislativa na porta (AL), dois políticos muito conhecidos, ambos candidatos à reeleição, Maurício Fruet a deputado estadual e Alencar Furtado a deputado federal.   Formaram uma dobradinha, pegaram um carro na Assembleia e saíram para o interior do Paraná com uma agenda lotada de compromissos de campanha.
        Fazia calor e Maurício desceu do carro para tomar “uma fresca”, enquanto seu companheiro dormitava no banco traseiro. Com o cotovelo apoiado no parapeito da balsa, não demorou para que um possível eleitor, morador de Cândido de Abreu, se aproximasse; olhava para o carro e tentava decifrar a sigla que resplandecia ao sol da tarde:
- "A éle"? O que quer dizer "a éle"?, perguntou.
- Arquidiocese de Londrina... Respondeu rápido Maurício ao estender as costas da mão, como que sugerindo que o homenzinho a beijasse... Eu sou cônego e aquele senhor lá dentro do carro é o Arcebispo de Londrina, dom Geraldo Martins... Ele chegou anteontem de Roma onde foi ver o Papa... Está com os bolsos cheios de santinhos benzidos pelo Papa... Vai lá, pede um santinho que ele lhe dá...
        E o caboclinho foi... Maurício continuou à distância, na observação... Demorou pouco mais de um minuto e o homenzinho volta a Maurício para reclamar:
- Êta bispo mal educado, sô!
- Ué, por que?
- Eu fui lá pedir o santinho conforme o senhor falou e ele me mandou tomar no...
- Dá um desconto pra ele, porque ele tá muito nervoso! Nós vamos a Cândido de Abreu resolver o problema de um padre que roubou o dinheiro da Igreja...
- Roubou? Eu sempre desconfiei daquele padre !          
        Os dois se elegeram. Maurício faleceu com 59 anos em 1998. Alencar Furtado, um pernambucano que veio fazer política no Sul, foi cassado pela ditadura  por ter denunciado tortura pelo regime militar. Mora hoje em Brasília, onde tem um sítio. Tem 91 anos de idade.
        Essa história aconteceu no final dos anos 70, um tempo em que todos nós ainda podíamos rir das façanhas de nossos políticos; hoje, choramos. São geralmente histórias de roubo, de assalto aos cofres públicos ou de oportunismo. Oportunismo, esperteza, roubo – assim se move o mundo político brasileiro!

ALIANÇAS DESTRUTIVAS
        Mas, para não perder o fio da meada, conto que Maurício deixou um filho, Gustavo Fruet; elegeu-se deputado federal pelo PSDB. Chamou a atenção do Brasil pela coragem e pelo discurso combativo.
        Quis ser o candidato do partido à prefeitura de Curitiba, mas o PSDB negou-lhe a legenda. Oportunista, filiou-se ao PDT, que o recebeu de braços abertos. Ganhou a eleição com apoio – adivinha de quem? – do PT de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann.
        Por alguma razão que a própria razão desconhece, sua campanha nunca foi alvo do curitibano Sérgio Moro. Se investigarem, é claro que vão encontrar dinheiro sujo roubado dos aposentados (Paulo Bernardo) ou dinheiro de propina do Petroduto (Gleisi Hoffmann)!

PRINCEZINHA DA DILMA     
        Gleisi Hoffmann, hoje senadora pelo PT, talvez a mais ardorosa defensora do mandato de sua, digamos, protetora e amiga Dilma Rousseff, ganhou vários apelidos nos últimos tempos, todos impregnados de ironia e escárnio. É chamada de Gleisi Petrolão em inúmeros textos que denunciam, na imprensa, seu envolvimento no escândalo da Petrobras. No Facebook, é chamada de Princesinha da Dilma, Princesinha do Senado e também Princesinha da Propina.
        Pense numa empreiteira envolvida na Lava Jato, qualquer uma delas.  Muito provavelmente estará no enorme rol de empreiteiras que alimentou as burras da campanha da “Princesinha” ao Senado (2010). Seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, era o contato, para não sujar o nome da defensora mais eloquente “da Presidenta”.
        Enquanto escrevo, olho pra TV e a vejo aos gritos, histérica: “Quem aqui nesta casa tem moral para chamar a Presidenta Dilma de criminosa, quem?” Alguns poucos, menos quem faz a pergunta, eu diria. Fez por merecer outro apelido: “Gleisi, a ré confessa” !
        Ela não contava é que seus gritos despertariam a ira do seu colega e presidente do Senado, Renan Calheiros, que no dia seguinte tomou o microfone para desabafar: “Como pode a senadora Gleisi Hoffmann dizer uma coisa dessas, logo ela que deve a mim uma interferência junto ao STF para livrar a ela e ao marido do indiciamento pedido pela polícia federal?!”
        Renan se arrependeria do que disse mais tarde mas não conseguiu evitar que os milhões de brasileiros que o ouviram pela TV concluíssem: devagar, os bastidores sórdidos do Planalto vêm a público com uma virulência de envergonhar.
        Voltando à Gleisi, ela já foi denunciada por vários delatores da Lava Jato, a começar pelo doleiro Alberto Youssef. O Supremo Tribunal Federal deve realizar no próximo dia 30 um primeiro julgamento dela e do marido para decidir em alguns processos que os envolvem se serão ou não réus. Outros julgamentos virão. 
        Gleisi é nascida num bairro de classe média baixa de Curitiba (Vila Lindoia); a ascendência alemã deu-lhe o nome, inspirado em Grace Kelly. Formou-se em Direito pela Faculdade de Curitiba e obteve especialização em gestão de organizações públicas e administração financeira na Associação Brasileira de Orçamento Público, e na Escola Superior de Assuntos Fazendários, do Ministério da Fazenda.
        Ainda mantinha o sonho aceso em 2012 quando, ao lado do marido Paulo Bernardo, negociou seu apoio a Gustavo Fruet em troca de reciprocidade para sua pretensão de chegar ao governo em 2018.
        Há, contudo, um juizinho poderoso em seu caminho, em seu caminho há um juizinho poderoso. Quem vencerá? Aguardemos os próximos capítulos.

O MARIDÃO
        Seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, já frequentou a lista dos 60 homens mais poderosos do Brasil, lista organizada pelo jornal Brasil Econômico, fechado para não falir.
        Paulo Bernardo também pôs em falência quase todo seu poderio: não faz muito tempo, esteve preso por envolvimento num caso escabroso – desvio de dinheiro de aposentados que fizeram empréstimos consignados pelo Banco do Brasil. O bando que ele liderava desviou mais de 100 milhões de velhinhos aposentados.
        Quando vi a notícia da prisão nos jornais, escrevi uma nota para o Facebook: “Paulo Bernardo foi preso por roubar velhinhos aposentados, e Gleisi Hoffmann será presa por qual motivo? Por roubar velhinhos aposentados cegos”.
        É o meu jeito corintiano de ser, perco a compostura mas não perco a piada.
        Paulo Bernardo parece encarnar também a nova “Ética” que vem montada numa enormidade de lideranças do PT, algumas das quais continuam presas na cidade natal de Gleisi Hoffmann, Curitiba. Se ele foi capaz de desviar dinheiro de velhinhos aposentados, é de se imaginar o que deve ter aprontado durante sua longa carreira de burocrata a serviço do PT.
        Ele nasceu em São Paulo, mas ainda jovem migrou para o Paraná e não demorou para ingressar nos quadros burocráticos do Sindicato dos Bancários do Estado. No sindicato, filiou-se ao PT e daí em diante, durante a Era PT, se deslocava para as regiões onde o partido ocupava o poder.
        Passou por Londrina, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde ocupou postos de destaque nas administrações petistas. Deve ter conhecido Gleisi Hoffmann em Londrina e a partir daí, já casados, formaram o “Casal Maravilha” que todos conhecemos hoje.
        Os dois se encontraram primeiro, creio, no governo mal cheiroso do Zeca do PT no Mato Grosso do Sul; depois, já casados, ressurgiram  em Londrina, onde permaneceram por longo tempo;  e, por último, coroando a carreira “esplendorosa”,  voltaram a dividir a mesma cama e o mesmo cofre em Brasília, ela como senadora  e ministra-chefe da Casa Civil no governo Dilma e ele como ministro do Planejamento (Governo Lula) e depois ministro das Comunicações (Governo Dilma).

APOIO ATÉ NO STF
        Uma pena Fernando Sabino ter morrido, porque a vida desse casal daria um romance quiçá mais saboroso que aquele que ele escreveu sobre Zélia Cardoso e seu tórrido namoro com Bernardo Cabral (há sempre um Bernardo metido nesses escândalos que mexem com a República).
        Reparem que no início deste capítulo sobre Paulo Bernardo, escrevo que ele pôs em falência “quase” todo o seu poder. Disse-o bem: “quase”. Vê-se que ainda sobra a ele e à esposa fatias expressivas de poder.
        A prisão de Paulo Bernardo, surpreendente, e sua libertação em apenas seis dias com penas suaves (nem tornozeleira eletrônica terá de usar) abalou e ainda abala os poderes da República, a começar pelo nada impoluto STF.
O responsável por devolver Bernardo às ruas é o super-ultra controverso Dias Toffoli. A liberdade foi produzida por uma só canetada, monocrática, no isolamento de um dos gabinetes do STF.
        A decisão atropela todas as instâncias que o mandaram para a cadeia junto com vários de seus parceiros no desvio de 100 milhões de reais. Dias Toffoli soltou todos eles sem que um só tostão do dinheiro roubado fosse devolvido.
        Dias Toffoli foi advogado do PT, é amigo pessoal de Lula, que o indicou para o STF e já o havia indicado Procurador Geral da União e  presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2013.
        Pode-se dizer, portanto, que o poder do Casal Bernardo/Gleisi emana de Lula que, por sua vez, tem poder emanado do compadrio que deixou nas instituições para as quais nomeou ministros, procuradores, nomes de proa em toda parte.
        Mais recentemente, Dias Toffoli foi citado na delação de Leo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS – o ministro teria usado de seu poder para pedir uma reforma de sua casa em São Paulo.
        Essa história veio a público como resultado dos característicos vazamentos de delações. Agindo sob pressão, segundo se diz, o procurador Rodrigo Janot mandou suspender a delação de Leo Pinheiro enquanto os ministros do STF, tendo como porta-voz Gilmar Mendes, falaram de sua indignação pelos vazamentos e do excesso de liberdade de investigadores e delegados da Lava Jato.
        Quem não sabe o que é corporativismo vai aprender a partir de agora.


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Paulo Bernardo e Gleisi, um casal explosivo!

Alencar Furtado e Maurício Fruet, uma dobradinha em campanha pelos confins do Paraná.

Dias Toffoli e Gilmar Mendes, tremores corporativistas no STF.


Não esqueçamos de Mariana. Nunca!

19/08/2016

Os candidatos e as redes sociais !

        Os novos e novíssimos canais de comunicação – Facebook, Whatsapp, Instagram, Youtube, Twiter, etc. etc.  são uma maravilha para os políticos de modo geral, pois passaram a permitir uma comunicação efetiva, eficaz e barata com eleitores.  Significam, teoricamente, um contato imediato, rápido, racional e personalizado com públicos de todos os matizes ideológicos, todas as diferenças de gênero, cor, idade e, cada vez mais, com todas as diferenças econômicas e sociais
        Aqui vai, contudo, um alerta geral: usem os novos canais com atenção e cuidado, pois eles costumam ser uma lâmina de dois gumes, ou seja, tanto podem servir para a conquista de votos, consolidação de candidaturas, como para destruição e inviabilização de sonhos, muitas vezes legítimos.
        Sou jornalista há mais de 40 anos e tenho muita segurança nas coisas que digo sobre comunicação. Sou “usuário intensivo” do e-mail e do Facebook e usuário eventual de todos os outros canais e meios. Já trabalhei por vários anos em grandes jornais do país – Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, Gazeta Mercantil. Fui colaborador da Rádio Eldorado e diretor de jornalismo em emissoras de televisão.
        Fui ainda pioneiro no uso da Internet no Brasil como um dos integrantes da equipe que Rodrigo Mesquita formou para introduzir o “realtime” no jornalismo brasileiro pela Agência Estado. Acompanho as agudas transformações dos meios com forte interesse pessoal e leitor intensivo dos escritos de Umberto Eco, entre vários outros especialistas das novas mídias.
        Digo tudo isso não por vaidade, mas para tornar mais criveis meus escritos e minhas recomendações sobre o uso dos novos meios pela política, o que faço também por interesse exclusivo do cidadão que deseja ver o seu país na prática de uma política mais limpa e transparente.
        Como ia dizendo, os novos meios existem para tornar mais fácil a vida dos candidatos; não usá-los significa estupidez e ignorância, inadmissíveis em quem pleiteia um cargo público pelo voto popular.
        Ao mesmo tempo, é necessário que todos os candidatos saibam que o mau uso dos novos e novíssimos meios é também o caminho mais curto para o funeral de suas pretensões políticas; os novos meios servem para propagar argumentos, ideias, projetos, plataformas, mas servem também para deixá-los nus, sem filtros e proteções de suas atitudes demagógicas, de suas mentiras, de suas empulhações.

ROTEIRO

Atitudes recomendáveis:

1)- Participar com intensidade dos canais sociais; responder com rapidez, racionalidade e bom senso as perguntas e indagações de eleitores;

2)- Interessar-se pelos assuntos postados; incentivar autores de assuntos que você considerar boas contribuições para os membros do grupo, da rede ou da sociedade.

3)- Participar, sempre que possível, dos debates dos assuntos de seu interesse (humano, cultural, político).

4)- Seja objetivo em toda e qualquer participação; mais do que objetivo, seja claro.

5)- Não demonstre preconceito ou intolerância; fuja dos debates inócuos, ou inconsequentes.

6)- Participe sem medo; se exponha quando tiver convicção daquilo que vai dizer.

7)- Tome posição e aproveite brechas para externar o que pensa sobre os assuntos que podem diferenciá-lo dos demais candidatos.

8)- Seja sempre sincero e verdadeiro!

9)- Não deixe ninguém à espera de uma resposta que você não quer ou não pode dar; a demora é sempre vista como negligência, desprezo ou arrogância. Se ainda não pode responder, avise que não pode.

10)-  Se você já é candidato, informe que é; fale de suas restrições legais; como já disse, seja sempre absolutamente sincero.

11)- Saiba que as mensagens pelos canais sociais têm de ser rápidas, objetivas  e claras.

12)- Saiba que as mensagens pelos canais sociais são perecíveis e que, para tirar proveito desses meios, você precisa ter boa noção  dessa, digamos, superficialidade.

CUIDADO

Coisas que você não pode nem pensar em fazer pelos canais sociais:

1)- Cair de paraquedas nas redes sociais, já em campanha, sem nunca ter participado intensivamente desses canais. Isso vai passar ideia (devastadora) de oportunismo.

2)- Abandonar a interlocução por dias a fio sem dar uma explicação plausível para sua ausência.

3)- Compartilhar textos de terceiros, especialmente aqueles com denúncias fortes, sem conhecer a fonte e pesquisar minimamente a veracidade das informações.

4)- Mentir ou contribuir com a propagação de mentiras !

5)- Esconder ou dissimular a identidade de seu partido em propagandas e comunicados pela rede. Isso vai passar para muitos eleitores a ideia de que você não está confortável no partido que escolheu. E isto também pode ser devastador da candidatura...


6)- Nunca passar por cima de crises e denúncias que afetem seu nome e seu partido: ao primeiro sinal de crise, saia com explicações verdadeiras sobre o ocorrido. Lembre-se de que a melhor defesa nos canais sociais é o ataque e o melhor ataque  é aquele baseado na verdade.

7)- Não caia nessa balela que tenta pintar os candidatos como anjos ou santos, incapazes de errar. Errou? Pedir desculpas aos eleitores é sempre o melhor que você tem a fazer.

8)- Não se alie a nomes e partidos que possam lhe envergonhar !

Tenham muito sucesso nas urnas, é o meu desejo a todos os candidatos limpos e de boa fé!
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(Grande parte dos "santinhos" vai pra dentro do computador)










16/08/2016

Primeiro emprego, primeiro salário!

        Sérgio Vaz, um amigo antigo, de São Paulo, e eu, lançamos um repto pelo Facebook: narrar como foi e quando foi que você recebeu seu primeiro salário! Eu escrevi um longo texto que compartilho com vocês, leitores do meu blog:

        “Meu primeiro salário veio dentro de um envelope marrom, alto, estreito, típico dos RHs da época, quando o uso dos bancos ainda era muito restrito. Foi em espécie, não me lembro o valor, só me lembro que era gordo: eu havia conseguido meu primeiro emprego por indicação de meu irmão, Mauro, diretor de um banco que atendia solícito as demandas do meu primeiro patrão, Moysés Gorodetski, dono da São Bento TV Discos, uma loja de eletrodomésticos na rua São Bento, na parte mais nervosa do que hoje é chamado de Centro Velho de São Paulo.
        Eu era um misto de auxiliar de escritório/office-boy. Trabalhava num mezanino de madeira no interior da loja em companhia de Raquel, uma moça linda, de olhos grandões e bem delineados, minha primeira chefe. Ficou indignada com a minha contratação: ela queria um auxiliar experiente e seu Gorodetski lhe deu um “meninão” que nunca havia usado uma máquina de calcular na vida – eu.
        Na verdade, eu entendia mais de escritório que o Sílvio Santos de energia nuclear, ou seja, necas de pitibiriba, como se dizia então... (A referência a Sílvio Santos é porque na época em que estas histórias se deram ele já reinava absoluto na televisão brasileira).
        Raquel  passou a gostar de mim ao perceber meu empenho em ajudá-la e  aprender de tudo tão rapidamente quanto possível. Não precisei mais de um mês de experiência para atender, sozinho, os clientes que compravam a crédito: eles sentavam, um a um, a minha frente e eu fazia as perguntas-padrão – endereço, renda, se casa própria ou alugada, etc. etc.
        Puxava conversa e já manifestava as características que me levariam ao jornalismo alguns anos mais tarde: curiosidade, habilidade no relacionamento, prazer em entrevistar as pessoas. Essa era uma das atividades agradáveis da minha nova e primeira função.
        Havia as tarefas detestáveis, como passar às vezes um dia inteiro ligando para clientes para dar alguma informação do interesse de cada um, ou da loja. Depender do telefone, nessa época, era uma verdadeira tortura. Uma ligação, apenas UMA LIGAÇÃO, demorava duas ou três horas e só se completava com muita sorte; para se ter ideia das dificuldades, estavam proibidos os programas de TV ou de  Rádio que dependiam de telefonemas de telespectadores e ouvintes, o que hoje é até incentivado.
        Foi, aliás, o maldito telefone que me pôs pra fora do primeiro emprego. As circunstâncias de minha primeira demissão merecem ser relembradas.

UMA FILIAL
        A São Bento TV discos crescia, esbanjava progresso. Eu ainda estava lá quando foi aberta uma segunda loja, numa galeria de comércio nas imediações. Dudu, o filho de Gorodetski, tomava conta da filial, que começou a funcionar sem sequer um telefone. 

      Quando vinham ligações para Dudu, éramos orientados a chamá-lo. Eu, besta, fui atender uma das ligações, peguei só o nome de quem ligou e corri para a filial.
       Ele conhecia a pessoa e foi para a matriz correndo. Eu voltava também, mas não consegui alcançá-lo. Quando cheguei, ele já tentara atender ao telefonema, mas a ligação havia caído.
        Tão logo me viu, foi pedindo: “Anda logo rapaz, me dá o telefone de Fulano”. E eu repliquei, ainda calmo: “Não anotei, Dudu; pensei que você soubesse”.
        Dudu ficou histérico! Começou a gritar: “Incompetente! Estúpido!”. O que ele não esperava aconteceu: reagi com o mesmo destempero e no mesmo tom de voz!
        - Estúpido é você! Incompetente é você! Eu respondia enquanto subia para o mezanino, onde Raquel me esperava com os olhões ainda mais abertos, de assustada.
        Dudu subiu atrás e atrás dele subiu seu pai já com o cinto em punho! Não pude ver o que aconteceu lá embaixo, mas sei que Moysés expulsou o filho da loja sob uma tempestade de chibatadas. Dudu tinha, quando muito, 28 anos.

        Acompanhei a sequência da “novela” via relatos de Raquel e de outros funcionários para os quais o “garoto do mezanino” transformara-se num herói ou em alguém que teve a coragem de responder, com altivez, a usual “arrogância” do filho do patrão. Dudu escondeu-se em Miami e de lá, por telefone, que nos EUA já falava com todo mundo, chantageou o pai;  abatido pela saudade, Moysés Gorodetski  trouxe o filho de volta com a condição de, antes, demitir seu “agressor”.
        Eu gostei do desfecho: foi Raquel que calculou minhas “verbas rescisórias” e o fez com raiva de Dudu e generosidade para com o auxiliar que iria perder.

PAGAR CONTAS
        Havia também outras atividades prazerosas, como sair, sempre a pedido do patrão Moysés Gorodetski, para pagar contas atrasadas no caixa das agências bancárias. Eu era perito em livrar a São Bento TV Discos dos juros de mora pelo atraso. Dava uma chorada com o caixa, dizia que o responsável pelo atraso era eu, e alguns se comoviam e liberavam o pagamento sem ônus. Gorodetski sorria e me dava um gostoso abraço de agradecimento.
        Isto tudo acontecia em 1966, ou seja, dois anos depois de instaurada a “Redentora”, como era chamada, já com ironia, uma das mais virulentas Ditaduras Militares da América Latina, e na véspera dos chamados “Anos de Chumbo” (1968). Eu era um colegial cheio de sonhos.
        Fui eleito presidente do Grêmio de um Colégio de mais de 4.000 alunos, se somados os três turnos – manhã, tarde e noite. Estudava à noite e trabalhava durante o dia para ajudar no sustento da família.
        Não demoraria muito para ter início a agitação estudantil que quase me leva para a luta armada. Fui salvo pelo medo e, principalmente, pela racionalidade de menino que despertara para a vida muito cedo: nunca vi alguma lógica no enfrentamento da Ditadura pela força.
        O jovem sacudido pela mãe às 5 horas da manhã, tomava café e partia, ainda sonolento, com uma marmita embaixo do braço (que vergonha de ser pobre, meu Deus!). Morávamos num bairro de São Caetano do Sul (Vila Gerty), tomava um ônibus para ir até o centro da cidade, onde pegava outro para São Paulo. Descia no Parque D. Pedro I, subia a General Carneiro e ia à pé até à rua São Bento.
        Ônibus sempre lotado, na ida e na volta! No primeiro ônibus para o centro de São Caetano, encontrava-me por vezes com três integrantes dos Demônios da Garoa, meus ídolos até hoje.
        No Colégio, participei e venci um concurso de Oratória. Foi a Raquel, minha nova companheira de trabalho, quem ajudou a preparar meu primeiro discurso: uma comparação entre Brasil e México. Não me lembro mais o que disse, mas o disse com tamanha empolgação que a comissão julgadora não hesitou em me conferir o primeiro lugar.
        Nessa época, durante a Copa do Mundo de 66, íamos, meu pai, meu irmão Luiz, e eu assistir aos jogos no televisor de meu irmão Mauro, que morava lá pelo centro da cidade. A caminhada era de 20 quilômetros de ida e volta, mas valia a pena pelo convívio entre irmãos e a qualidade do futebol que presenciávamos, com direito a ver Pelé, Garrincha e outras belezuras. A TV chegaria em casa  só em 69.
        Ah, já me ia esquecendo de dizer o destino dado ao meu primeiro salário, recebido numa sexta-feira: nem tirei o dinheiro do envelope, levei para casa, e, no sábado à tarde, tomei um ônibus e fui entregá-lo para meu irmão mais velho, Lauro, que insistia em ser agricultor numa várzea de São Bom Jesus dos Perdões, a 100 quilômetros de São Paulo. Lauro havia escrito à família uma carta para informar que passava por grandes dificuldades: “No próximo sábado, vou vender a mangueira de irrigação e quando gastar esse último dinheirinho só Deus saberá o que vai me acontecer...”
        Lauro foi o primeiro irmão a partir, não faz ainda cinco anos.
        Acho, portanto, que meu primeiro salário teve um ótimo destino, não acham?

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11/08/2016

Eleições a Jato!

        Em menos de dois meses, mais precisamente no dia 2 de outubro, os brasileiros voltarão às urnas para escolher novos prefeitos e um total de 60.320 vereadores para seus  5.561 municípios. É a eleição mais importante do País e, ao mesmo tempo, a mais desprezada.
        O país não se permite eleger com calma, prudência e sabedoria prefeitos e vereadores que receberão como dever administrar as cidades e prover a seus habitantes educação, saúde, segurança e uma série de outros benefícios que vão do asfalto ao ônibus, do esgoto à água tratada, do metrô à estação rodoviária, do lazer à biblioteca, etc. etc. etc.
        Por falar em sabedoria, tudo a partir destas eleições tornou-se ainda mais rápido, superficial e, digamos, menos sábio. Tudo é pensado para atender as conveniências, muitas vezes escusas, de senadores e deputados. Este ano, com a ridícula “reforma eleitoral” aprovada em Brasília, os brasileiros irão votar ainda mais no escuro, sem conhecer nada do que seus candidatos pretendem realizar. Mal conseguirão perceber boa ou má fé.
        Não me venham dizer que a lei da ficha limpa excluirá os candidatos de “má fé” ou “más intenções” porque isto é bobagem. Está pra nascer uma lei que consiga barrar os candidatos de má fé, pois esta é muitas vezes invisível e há sempre mil conchavos e artimanhas para burlar qualquer iniciativa que tente coibir o roubo e a desonestidade.
        É bem em função disso que as convenções partidárias que servem para escolher candidatos, já realizadas em obediência à nova legislação, lembraram, de Norte a Sul do País, verdadeiros butins onde estiveram presentes todos aqueles que pretendem viver à custa do erário público nos próximos quatro anos.
        Posso ser injusto  com muitos, que me desculpem os poucos que costumam ficar de fora desse círculo tenebroso, mas essa é uma realidade insofismável!  

CAMPANHAS MAIS CURTAS
        O tempo de campanha (90 dias) já era curto e, agora, com o que é chamado de “mini-reforma” da lei eleitoral, tornou-se ainda mais curto (45 dias). Não sei – e nem quero saber – o que se pretendeu com esse encurtamento.
        O que sei é que nunca foi dado tempo suficiente e nem criados mecanismos de aproximação eleitor-candidato para que os brasileiros conheçam a fundo quem vão eleger e o que os eleitos vão realizar com o dinheiro que lhes cabe gerir. Todos nós, que sempre votamos meio no escuro, votaremos este ano numa escuridão ainda maior. Mal saberemos o nome dos candidatos e, em muitos casos, a que partido pertencem.
        Votaremos sem saber se são casados, se têm filhos, se têm formação acadêmica, onde trabalham ou trabalharam, o que pensam do divórcio, da multiplicação das igrejas evangélicas, de investimento em ciência e tecnologia, dos deveres e direitos da cidadania, da acessibilidade nas malhas urbanas do país, da inflação, do impeachment da Dilma, da cassação do mandato de Eduardo Cunha, do efeito estufa, da internet,  etc.
        Numa época em que tudo passa pela inovação, votaremos sem saber se nosso novo prefeito será capaz de inovar.

DEMOCRACIA AMERICANA
        Fala-se nas diferenças entre o formato eleitoral americano e o brasileiro, mas é raro que as diferenças importantes sejam apontadas. A principal diferença é a da estabilidade da legislação eleitoral americana: eles lá fazem as coisas que devem ser feitas de uma só vez e pronto; mexeu uma vez, não mexem mais.
        A Constituição dos EUA foi aprovada em 1789; de lá para cá, sofreu apenas 27 alterações, a maioria das quais para restringir os poderes do Estado e aumentar o direito dos indivíduos. Desde 1954, o Colégio Eleitoral é composto por 538 assentos.
        No Brasil, ao contrário, mexe-se a toda hora e geralmente quanto mais mexem, mais pioram. Aqui, a ordem parece ser a de distanciar o eleitor dos candidatos, dentro de uma lógica maquiavélica: quanto menos conhecido for, mais é possível mentir sobre si mesmo, enganar, esconder a má fé, as reais intenções.
        Nos EUA, o embate entre candidatos e o eleitor é longo e intenso. Como o voto não é obrigatório, os candidatos são obrigados a se expor, demonstrando com grande força “quais as vantagens que você vai ter votando em mim”.
        Não será por mero acaso que eles conseguiram construir talvez a Democracia mais funcional e estável do Ocidente.

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Desastre de Mariana




04/08/2016

Letícia Sabatella, Marieta Severo, Zé de Abreu e outros babados!

        Meu ídolo dos tempos presentes é Diogo Mainardi. Meu ídolo dos tempos passados foi Oriana Fallaci. Ambos são jornalistas, talentosos, corajosos.  Uma pessoa na minha idade, aos 67 anos, merece ídolos de primeiríssima qualidade.
        Especializada na grande reportagem, Oriana era uma destruidora dos mitos que as populações de todas as épocas criam por ignorância, desinformação e conveniência de quem os propaga.
        Lembro-me de uma reportagem de Oriana em que ela destruiu o grande mito da época, o guru oriental. Eram famosos, os gurus; atribuíam-se, entre tantos outros poderes, o da materialização, uma estranha capacidade de transformar lixo em ouro, pedras vagabundas em pedras preciosas.
        Oriana viajou para o Oriente na caça aos gurus mais famosos. Colocou-os contra a parede, exigia materializações ao vivo e em cores. Os gurus fugiram dela como o diabo foge da cruz. Só houve um, o último a ser entrevistado, que aceitou fazer uma demonstração de seu poder: transformou um anel precioso que lhe ofereceu a repórter numa manga. “Ainda se fosse uma manga bonita e saborosa, mas não, era uma manguinha feia e mirrada”, ironizou a jornalista.
        Seus escritos tinham sabor, cor, molho, temperatura. Oriana faleceu em 15 de setembro de 2006.
               
DIOGO MAINARDI
        Já Diogo Mainardi é também um grande destruidor de mitos no Brasil. Com ele, o PT, Lula, Zé Dirceu e todos os seus derivados nunca se criaram. Diogo foi implacável com todos eles, desde a época (1999 a 2004) em que assinava uma coluna semanal na revista Veja.
        É o cara mais detestado da “esquerda” brasileira.  E isto para ele deve ser uma  honraria: jornalista serve para ser detestado e não para ser amado. Desconfiem de todo jornalista muito amado!
        Diogo mora hoje em Veneza. Mais recentemente fundou, ao lado de vários jornalistas de talento, um Site (O Antagonista), usado para disparar seus torpedos, baseados sempre em informações precisas. Quem quiser acompanhar par e passo a crise brasileira tem de ler O Antagonista.
        Ele informa, analisa, antecipa informação.
        Além do Site, Diogo faz uma aparição semanal (domingo às 23 horas), como comentarista, no Manhattan Conecxion, da Globonews (por assinatura).
        No último programa, o âncora (Lucas Mendes) perguntou:
        - Diogo, com a prisão do Lula e o impeachment da Dilma, você vai fechar O Antagonista?
        - De jeito nenhum, vamos então antagonizar o Temer, os tucanos, ainda temos muito trabalho pela frente.
        Se vivo fosse, Millor Fernandes teria dito: é isso mesmo, jornalismo que se presta, antagoniza; o resto é tudo armazém de secos e molhados.

CENÁRIO FOI ANTECIPADO
        Em sua coluna na Veja (a contar de 2002), Diogo realizava um trabalho minucioso de denúncia do aparelhamento do Estado urdido pelo PT. Comprou brigas homéricas com inúmeros “jornalistas” que já posavam de porta-vozes de Lula e do Partido dos Trabalhadores.
        Mino Carta, idealizador e editor da revista Carta Capital, virou seu inimigo declarado. Como não tinha como atacar Diogo, um jornalista íntegro, partiu para a agressão rasteira: “Não se aborreçam com Diogo Mainardi, afinal o máximo que o cidadão produz com perfeição é paralisia cerebral”, escreveu Mino em sua Carta Capital numa referência infame ao filho de Diogo com paralisia cerebral.
        Se relermos aquelas colunas de Diogo em Veja, veremos que ele antecipava em décadas o cenário que hoje vivenciamos: corrupção, dinheiro graúdo despejado em blogs, jornais e revistas, tudo para manter vivo o mito PT e derivados. Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim, Mino Carta e muitos peixes menores já eram mencionados como comandantes de um esquema multimídia de apoio ao PT.

ZÉ DE ABREU
        Não me lembro de Diogo ter mencionado em seus escritos o nome desse ator menor da Rede Globo, Zé de Abreu. Sua aparição como fomentador do mito PT é mais recente.
        Zé de Abreu conseguiu encarnar, em pouco tempo, a “Ética” do PT; visto de camisa vermelha nas ruas de São Paulo, foi molestado por anônimos num restaurante da cidade. Como reagiu? Revidou à cusparadas e teve a coragem de confessar o gesto ao vivo e em cores durante o programa de Fausto Silva, líder de audiência ao fim das tardes de domingo, na Globo.
        Cusparada ainda foi pouco perto do que ele fez à família enlutada do jornalista Sandro Vaia. Enquanto o corpo do pai era velado no necrotério de Jundiaí, Zé de Abreu enviava torpedos abomináveis á filha de Sandro, Giuliana Vaia; digo abomináveis porque baseados numa fraude: há tempos circula na Internet um BO apócrifo que atribui a Sandro a delação aos órgãos de segurança de um sindicalista de Jundiaí, Antônio Galdino.
        Galdino já desmentiu a história, um dos blogs que primeiro lançaram a infâmia já publicou o desmentido, mas Sandro, indisposto com o PT desde que publicou um livro com o perfil da blogueira cubana Yoani Sánchez, foi molestado até depois de morto.

LETÍCIA SABATELLA
        As pessoas que saíram na defesa exaltada da atriz Letícia Sabatella, insultada há poucos dias numa praça de Curitiba onde se realizava  manifestação de apoio ao Impeachment de Dilma Rousseff, têm memória curta.
        Já não devem se lembrar mais que insultar as pessoas na rua, em praças públicas, em estúdio ou na porta de emissoras de TV, é um privilégio dos militantes do PT.
        Que o diga a Blogueira cubana,Yoani Sanchez, em visita ao Brasil ainda em 2013. Perseguiram a moça em todos os lugares que visitou – Salvador, Brasília, São Paulo. Presentes na gravação de um programa de TV que a entrevistava, quase não a deixaram falar.
        O PT, na verdade, colhe uma mínima parte do veneno que sempre disseminou. Não acho que seja correto atacar alguém, ainda que verbalmente, por seus posicionamentos políticos, mas o momento tem de ser de forte inflexão.

NÃO É PENSAR DIFERENTE
        Todos aqueles que defendem Dilma têm um discurso preparado para contra-atacar logo após incidentes semelhantes ao de Curitiba. Repetem sempre a mesma cantilena: “Uma pessoa não pode pensar diferente que é atacada, em restaurantes, nas ruas, em praças públicas. Isso é fascismo e autoritarismo”- dizem.
        Temos de dar um passo à frente nessa discussão, em primeiro lugar porque não é pensar diferente; é “agir diferente”; é “fazer diferente”.
        Em 1974, eu chefiava a Sucursal do ABC do Estadão quando um dos diretores da empresa matou a esposa a tiros na subida da serra, voltando do Guarujá. Três dias depois do crime – premeditado, hediondo – ele reassumiu seu posto de trabalho. Vários colegas voltaram a trabalhar com ele como se nada tivesse ocorrido.       
        Eu mesmo nunca mais tive uma só conversa com ele e nem mais o cumprimentei; o espírito ético que sempre norteou a minha vida me fez  sentir repulsa pela triste figura.
        Aliás, são muito engraçados os militantes do PT: saqueiam, roubam, esfolam, assassinam (até agora não tivemos uma explicação razoável para o assassinato dos prefeitos Toninho do PT, Celso Daniel e mais sete pessoas supostamente envolvidas no caso) e ainda querem ser tratados democraticamente como cidadãos de bem?
        Como vamos também respeitar a atriz Marieta Severo que ergue bandeiras para apoiar o PT quando na verdade  queria mesmo defender os escusos interesses familiares? (Seu marido, Aderbal Freire Junior, só agora foi desalojado de um cargo público pelo qual recebia a bagatela de R$ 92 mil mensais).
        Que o incidente de Curitiba sirva de alerta à jovem Letícia que foi se aliar a saqueadores e bandidos,pois isso poderá ter um preço ainda maior. Isso não é postura política e nem pensamento político. É conivência e, portanto, crime também.

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* Precisamos expulsar a Samarco da mineração brasileira. Assine o abaixo-assinado  pelo link:


Oriana Falaci e Diogo Mainardi