30/11/2016

Para lembrar a época em que brincávamos de democracia com esse bando de bandidos!

Amigas e amigos do Facebook: revejam as imagens abaixo, estufem o peito de indignação, e se preparem para VOLTARMOS às ruas, avenidas e praças NO DIA 4 DE DEZEMBRO. É imperioso que todos participem--todos, adolescentes, jovens, mulheres e homens de todas as idades...quem tiver condições de se juntar à multidão, tudo bem; quem não tiver, proteste no bairro, na frente de casa... O futuro do nosso PAÍS está em nossas MÃOS!!!










25/11/2016

Da Band à Globo, a qualidade que seduz!

        Acompanho dois programas do mesmo gênero na TV. São dois concursos musicais, o X Factor, que terminou na quarta-feira, 23-11, na Band, e o The Voice, na Globo.
        A característica comum é a impressionante demonstração de quantos talentos temos no País ainda fora do showbusiness e da mídia tradicional. O Brasil, que se tornou famoso por ser um celeiro inesgotável de craques de futebol, é também, e não sabíamos, um celeiro de talentos musicais. Quem assiste a esses dois programas deve estar tão surpreso quanto eu.
        As semelhanças, contudo, param por aí. Não se pode esperar muito de uma emissora, a Band, que teve de vender, para sobreviver, seu horário nobre a um pastor evangélico, mas a falta de tato das pessoas que gerenciam a programação  é espantosa... Fica a cada dia mais claro que a Band não sabe competir e nem ampliar e fidelizar a audiência...

CASO PATOLÓGICO

        A Band, aliás, é mesmo um caso patológico: não sabe conviver com a audiência; luta, luta para alcançá-la e quando a alcança, joga fora; expulsa talentos, repele sucesso, foge da competição, às vezes de um modo vergonhoso, como aconteceu com o CQC, o Custe o Que Custar, lembram-se?
        O CQC foi inventado na Argentina e trazido para o Brasil pela Band; mistura de humor e bom jornalismo, o programa havia conquistado um vasto público de jovens e adolescentes, que não liga para TV. De repente, em meio a boatos de que a emissora recebia uma carga muito grande de processos pelas reportagens agressivas, o programa foi tirado do ar sem nenhuma comiseração: seus melhores talentos foram contratados pela Globo.
        Marco Luque, membro da bancada de apresentação do CQC, é hoje a maior atração do Altas Horas, da Globo, conduzido por Serginho Groissman... A impressão que dá é que a Band nem chegara a notar o pendor humorístico de Luque...
        Outra revelação do CQC, Danilo Gentilli, faz sucesso no SBT com o seu imperdível The Noite... Essas coisas fazem o mercado televisivo comparar a Band a um desses pequenos clubes do interior do país que têm como meta revelar talentos do futebol para grandes times,  nacionais ou estrangeiros... Alguns desses pequenos clubes ganham muito dinheiro, mas a  Band, ao contrário, só revela talentos para as outras emissoras e não chega a tirar proveito das descobertas...


 ARGENTINA E REINO UNIDO

        O CQC veio da Argentina, e o X Factor,da Inglaterra; a Band adquiriu os direitos de transmissão da Turner e FremantleMedia, empresas britânicas. O modelo é sucesso hoje em nada menos de 170 países.
        Não se pode dizer que o programa NÃO seja sucesso no Brasil, mas, convenhamos, a Band faz força para derrubá-lo.
        Nesta primeira temporada, o programa foi exibido nas noites de segundas e quartas; a primeira lambada que a atração recebeu foi o horário de exibição. Diria que para acompanhá-lo é preciso ser desocupado, aposentado e teimoso. Nunca termina antes da meia noite e sempre avança pela madrugada. As primeiras a desistir, portanto, são as pessoas que têm de levantar cedo para trabalhar no dia seguinte.
        Isto não é tudo: há ainda o “AQUECIMENTO", conduzido por Maurício Meirelles (ex-CQC), com erros crassos de concepção. É algo inteiramente dispensável, mas a emissora faz questão de expulsar audiência, empurrando o programa madrugada a dentro ! Maurício reúne ilustres desconhecidos – locutores de sucesso do rádio – para analisar a performance dos participantes e tentar adivinhar, num papo enfadonho e arrastado, quem deve sair ou permanecer no certame.
        Isto sem considerar os brakes comerciais intermináveis, o cenário com excesso de iluminação, as falhas técnicas que se repetem...
        No mais, para quem tem a paciência de Jó, tudo é atraente, agradável de ver e ouvir. 

     O vencedor desta primeira grande fase do X Factor foi o cantor de  voz poderosa, afinadíssima, Cristopher Clark, numa boa escolha do público... O segundo lugar coube a Jenni Mosello, de Curitiba, uma cantora e performance simplesmente extraordinária...
     O vencedor ganhou um contrato exclusivo com uma grande gravadora... se houve outros prêmios, ninguém informou, outra falha da amadora Bandeirantes...

NA LÍDER

        Na execução do The Voice (quintas, após a novela das 9h,30), a Globo deixa muito claro porque é líder de audiência no Brasil: também uma competição musical, o programa é curto, direto, objetivo e super bem tratado tecnicamente. Som perfeito, imagem idem, cenário idem, andamento idem!
        Nada, enfim, concorre com os “ídolos”. Eles são as únicas atrações ou quase. O júri tem seu espaço discreto. Quando o número de concorrentes é reduzido pelas eliminações, o júri (Cláudia Leite, Michel Teló, Lulu Santos e Carlinhos Brown) apresenta shows, um por vez, no máximo 20 minutos de boa música e muita alegria.
        Os brakes publicitários não se afastam do padrão Globo: geralmente, peças de boa qualidade e duração suportável.

CONTRATOS SIGILOSOS

        As emissoras mantem em sigilo o contrato de aquisição dos direitos de exibição de programas como The Voice (dos EUA), X Factor (da Inglaterra), Masterchef (Reino Unido), O Mundo Segundo os Brasileiros (de origem Argentina), de modo que ninguém sabe ao certo onde começam e onde terminam exigências que definem formato, cenário, iluminação, horário de exibição, etc...
        No caso da Globo, o fornecedor da ideia certamente ficará tranquilo: o produto está em mãos profissionais e em mãos que tudo farão para tirar dele o melhor proveito. No caso da Band, todo cuidado ainda será pouco: agora mesmo, a emissora assassina uma das melhores ideias já concebidas para a TV aberta, o programa O Mundo Segundo os Brasileiros.
        O programa consiste em colocar brasileiros residentes em países que despertam curiosidade no público para atuar como repórteres da TV. Brasileiros familiarizados com a cultura de países como Vietnã, Laos, África do Sul, Canadá, El Salvador, França, Italia, etc, etc, mostram atrações em bom português.
        Tudo muito bem, tudo muito bacana, tudo de fácil execução... A Band, contudo, exibe o programa depois da meia-noite, em sessões especiais para corujas... Pode?
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Ex CQC,Marco Luque, hoje, é a grande atração do Altas Horas

Danilo Gentilli, também ex-CQC, hoje tem programa de sucesso no SBT - The Noite 


Cristopher Clark - X Factor

Jenni Mosello, segundo lugar no X Factor



VIDEOS:

Run To The Hills - Jenni Mosello



Listen (Beyoncé) - Cristopher Clark

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Desastre de Mariana:


 Dupla "OsGemeos" criam arte em homenagem ao desastre de Mariana e cobram ações






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16/11/2016

Marília Mendonça, um fenômeno dos tempos modernos!

        Com 20 anos, ela já faz o que se pode chamar de sucesso estrondoso. Sua aparição domingo (13-11) no programa do Fausto Silva escancarou uma realidade espantosa: o sucesso de Marília Mendonça não foi conquistado pela TV, pelo rádio, nem pelo showbusiness; seu sucesso veio exclusivamente da Internet, o que vale dizer, das redes sociais!
        Seus vídeos no Youtube somam mais de um bilhão de visualizações. Eu disse, mais de um bi-lhão!!!
        A plateia do Faustão, cerca de 500 pessoas, suponho, cantou com entusiasmo todas as suas músicas, do começo ao fim. Formado por imensa maioria feminina, o auditório demonstrou saber letra e refrão. Eu mesmo nunca tinha ouvido falar de Marília Mendonça e nem ouvido uma só de suas músicas. Minha sensação foi a de estar em outro planeta!
        Normalmente, é a TV que amplifica a popularidade dos artistas; no caso de Marília, é ela que amplifica a audiência da TV. Além de amplificar, segura a audiência por todo o tempo, como se os telespectadores fossem hipnotizados pelo seu carisma. É o que se deduz do tempo que o apresentador deu a ela: com certeza, mais de 30 minutos.

PERFEITA SINTONIA

        Sua carreira profissional não tem ainda dois anos completos, mas ela demonstra intimidade com as câmeras e incrível sintonia com o público, na maioria mulheres. Cantou com generosidade - voz potente, clara, afinada.
        Fez grandes revelações ao seu fã-clube. Contou que está apaixonada por um moço de Pernambuco e que seu grande sucesso – Infiel – era uma crítica ao marido de uma tia que vivia na farra sem ligar para o ciúme da esposa.
        O sucesso lhe trouxe inúmeros títulos – Rainha do Sertanejo, Rainha do Pop Rock, entre outros – mas o título que ela ama de paixão é o de Rainha da Sofrência:
        - Eu ouvia aquelas músicas de sofrência, mas não me via dentro delas! Foi então que eu comecei a compor e contar as minhas sofrências, que são muitas!
        Em seu estilo de “Gordinha Sex”, continuou, na conversa com Faustão:
        - Acho que o sentimento verdadeiro está na sofrência. O sentimento da alegria é muito falso!
        As sofrências a atacaram muito cedo porque começou a compor com 12 anos e não parou mais. Sua música “Meu Cupido é Gari” sintetiza sua capacidade de interpretar o sentimento de seu público feminino. Diz a letra:

“O meu cupido é gari
Só me traz lixo
Lixo, lixo, você é prova disso
Lixo, lixo, você é prova disso
Esse cupido é cego
Tá demitido
Sua flecha não tem ponta
E nem sentido
Cupido amador
Uma decepção me trouxe um amor
Encomendado do lixão”.

        Hoje, já colocou no chinelo os ídolos da sofrência como Pablo, Cris Mel, Juliana, Anna Castelo, Kamila e Sara Reis. Começa a superar os sertanejos  linha de frente, como Henrique & Juliano.
        Até ser desbancado por Marília Mendonça, o cantor baiano,  Pablo, reinava absoluto na sofrência; seu vídeo mais famoso, “Por que um homem não chora”, foi postado no Youtube em 2014 e só agora ultrapassou a casa dos 36 milhões de visualizações. Já os vídeos de Marília ultrapassam a casa dos 40 milhões de visualizações em poucos meses.
        Postado em julho de 2015, o vídeo com o seu maior sucesso, Infiel, acumula a incrível marca de 203.889.615 (15-11-2016, 12h09).

QUÍMICA PERFEITA

        Parece que, nela, tudo conflui para o sucesso: voz, carisma, capacidade de captar o sentimento das garotas de sua idade apaixonadas pela sofrência, nome moderno da antiga “dor de cotovelo”, que, no passado, consagrou Lupicínio Rodrigues, Maysa, Ângela Maria, entre muitos outros medalhões do Cancioneiro Nacional.
        Além disso, conspirou a seu favor o fato de ter nascido em Goiás (Cristianópolis, pouco mais de três mil habitantes) e se radicado em Goiânia, espécie de capital nacional do sertanejo, hoje caminhando para ser a Nashville brasileira. Foi a cidade que permitiu o convívio, ainda criança, com o mundo sertanejo e lhe ofereceu uma ótima plataforma tecnológica para decolar.
        Do ponto de vista técnico, seus vídeos em exibição no Youtube são impecáveis – som e imagem perfeitos, comparáveis em qualidade aos melhores estúdios de gravação mundiais.
        Um dos artistas a ter apoio do famoso escritório de agenciamento e marketing WorkShow, Marília Mendonça marca presença com modernidade em praticamente todas as redes sociais – Twitter, Instagram, Facebook, sem contar o Youtube, onde impera. É contratada da Som Livre.
        Enquanto redigia este texto, fiz uma nova consulta ao Youtube: Infiel já estava com 204.091.067 visualizações às 19 horas desta terça-feira, 15 de novembro de 2016.

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Marília Mendonça
VIDEOS (Link):


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Desastre em Mariana

09/11/2016

Triste e Trágico Aniversário!

        No último sábado, dia 05 de novembro de 2016, fez um ano que aconteceu a tragédia de Mariana (MG) – um colossal derrame de lama impregnada de resíduos de minérios venenosos na Bacia do Rio Doce, um rio lindo que atravessa dois estados brasileiros, Minas Gerais e Espírito Santo.

        Quero aproveitar a data para convidar meus leitores e amigos a fazer algumas reflexões:

1ª. Será que o governo e o Parlamento australiano sabem o que fez no Vale do Rio Doce a australiana BHP Billinton? Por que o nosso Parlamento não forma uma comissão de deputados e senadores para ir até a Austrália e relatar a parlamentares e instituições governamentais tudo o que aconteceu em Mariana e exigir que a BHP seja chamada às falas e também exigir que essas instituições ajudem a pagar indenizações às famílias atingidas e ao Brasil?

2ª. Será que as empresas importadoras dos minérios brasileiros conhecem a sucessão de crimes perpetrados pela Samarco (empresa formada pela sociedade entre a BHP Billinton e a Vale do Rio Doce)?  Por que tanta preocupação dos importadores de nossa carne e de nossa madeira com a origem sustentável desses produtos e nenhuma preocupação com a sustentabilidade da extração de minérios? Não é o caso de darmos início a uma campanha pelas redes sociais na defesa da mesma preocupação com os minérios?

3ª. Por que a omissão do Greenpeace em Relação à Mariana? Por que entidades como SOS Mata Atlântica se preocupam em medir a turbidez das águas do Rio Doce, mas não adotam uma postura mais política e menos acadêmica em relação aos crimes de Mariana? Por que o partido Rede de Sustentabilidade demonstra estar de costas viradas para Mariana e por que a líder desse partido, Marina Silva, que é do Acre, a terra de Chico Mendes, não fez até agora sequer uma visita a Mariana?

4ª. Por que parlamentares do PV (Partido Verde), de Minas e do Espírito Santo, se deixaram corromper pela Vale do Rio Doce?

5ª. Por que a mídia, sem exceção, deu tão pouca importância à denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra a Samarco e mais de duas dezenas de seus executivos com provas cabais de que o desastre de Mariana foi crime doloso e premeditado?


6a.Por que os nossos estudantes nunca manifestaram indignação pelo que ocorreu em Mariana ?

        Muitas outras perguntas clamam por resposta, mas fiquemos, por enquanto, com apenas essas. Se despertarmos alguma reação com elas talvez me anime a fazer as demais.
       

        Ajudem a espalhar isso, por favor. Compartilhem, compartilhem muito! Quem sabe recuperaremos a dignidade do Brasil soterrada pela lama da Samarco!

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01/11/2016

Brasil às voltas com a esquerdopatia desesperada!

       O jornalista Carlos Marchi, meu amigo no Face e na vida real, chamou pessoas como Marcelo Freixo, o candidato do Psol, que quase leva a prefeitura do Rio (com apoio do PT, PC do B, Rede, etc.), de “esquerdopatas desesperados”. Marchi escreveu: “A esquerdopatia desesperada aparelha o Estado com a voracidade dos ratos, avança no patrimonialismo com o apetite dos cupins, caça empregos públicos com a agressividade das águias e rouba butins com a precisão dos chacais”.
        Ao ler o artigo de Marchi, puxei pela memória as circunstâncias da minha vida para tentar descobrir porque também não me transformei num esquerdopata, eu que já fora simpatizante e quase militante da esquerda que combateu, até com atos de terror, a ditadura militar.
        Preservo vários amigos com o perfil do esquerdopata, tão bem descrito por Marchi, mas eu mesmo fui transformado, aos 68 anos de vida, num homem que continua a sentir compaixão pelos pobres e indignação pela vilania dos regimes totalitários, pela barbárie, pela tortura, pela opressão, e é, hoje, o que se pode chamar de um ser arejado, atento e aberto ao desenvolvimento dos povos e da sociedade, fascinado pelas novas tecnologias e sempre disposto a rever conceitos e em não se fixar e nem se prender a verdades do passado.
        A cada minuto que passa mais me convenço que é este o caminho que meus filhos e netos devem seguir.
        Iniciei meu afastamento daquelas ideias, hoje chamadas de esquerdistas, ao ler um artigo de Paulo Francis n’O Pasquim (já não se fazem jornais como antigamente!) em que dizia: “Os atos de terrorismo só se justificam nos países em guerra, como boicote à estratégia inimiga”.
        Sábias palavras, aquelas de Francis. O terrorismo no Brasil só serviu para afiar as garras da repressão. Os atos terroristas resultaram na união das polícias e das forças armadas, num vertiginoso aumento da tortura e na ampliação do medo. A tática se revelou tão impressionantemente eficaz na postergação do regime militar, que eles mesmos, os organismos repressores, criaram as suas células de terror de modo que ouviu-se a explosão de muitas bombas depois que o terrorismo de esquerda arrefeceu.

VERDADES CRISTALIZADAS

        Lembrei-me também de uma palestra de Oscar Motomura que presenciei nos meus 30 e poucos anos de vida, quando me preparava para a função de executivo de empresas de comunicação (Agência Estado, Gazeta Mercantil, RIC). Os ensinamentos de Motomura – ainda hoje o mais competente brasileiro na formação de líderes empresariais – mostraram-me talvez a gênese dos “esquerdopatas” a que se refere Carlos Marchi: “Tomem muito cuidado – exortou Motomura – com as verdades que se acumulam aqui no fundo do cérebro – e apontava para a própria nuca com o indicador em riste – pois quando as verdades se alojam aqui, elas se cristalizam e não saem nunca mais”.
        O esquerdopata nada mais é, portanto, que uma pessoa com o fundo do cérebro lotado de verdades solidificadas e irremovíveis. Motomura iria, com uma só palestra, influenciar minha carreira de líder empresarial e influenciar minha vida de ser político que não permite que nenhuma verdade se aloje no fundo do cérebro e se cristalize. Minhas verdades, portanto, são voláteis, mutantes, pois minha personalidade esteve sempre preparada para aceitar novas verdades tão logo me sejam apresentadas com força para produzir mudanças que de algum modo contribuam com a evolução do homem...
        Minhas verdades perenes são o caráter rígido, a solidariedade, o senso de justiça, a capacidade de me compadecer com os oprimidos e de me indignar com a opressão. Estas não há o que as faça mudar. É claro que sou falível, mas desde cedo aprendi a aprender com meus erros e a pedir desculpas sem pejo... Nunca tive nenhum constrangimento em dizer que errei e a reconhecer meus erros com a máxima rapidez possível. Abomino a arrogância!

APRENDER COM O MUNDO

        Sendo assim, me vejo sintonizado com as grandes transformações do mundo. Parece que isso é ser contemporâneo, virtude que os esquerdopatas se negam a aceitar.
        A derrubada do Muro de Berlim e a recente implosão da União Soviética nos mostram com clareza que os regimes que propõem o controle da economia pelo Estado não funcionam e jamais funcionarão e que não se pode proibir os povos de olhar para os lados. Nos mostram, portanto, que Josef Stalin foi um genocida e o conceito de direita e esquerda, tal como o compreendíamos há pelo menos 20 anos atrás, não existe mais.
        Por sua vez, Cuba nos mostra que as revoluções populares têm começo, meio e fim e que as lideranças revolucionárias, se continuarem vivas, têm por obrigação identificar esses ciclos para não ver a Revolução transformada exclusivamente num regime opressor.
        A China só tem conseguido alimentar e produzir riquezas para grande parte da população de quase 1,5 bilhão de habitantes porque promoveu, inteligentemente, a abertura de sua economia para as leis de mercado, as únicas capazes, pelo que tem sido demonstrado em inúmeros experimentos mundiais, de produzir riqueza em níveis satisfatórios.
        Aprendi também que só é possível distribuir riquezas quando se as produz !
        A história recente do Brasil também é cheia de ensinamentos, a começar pela percepção cristalina de que Luiz Ignácio Lula da Silva conseguiu permanecer oito anos na presidência, apesar de já estar capitaneando a maior roubalheira da história da República, porque colocou na gestão da moeda e do Plano Real um homem de mercado, o  competente Henrique Meirelles; e Dilma Rousseff fracassou retumbantemente no segundo mandato porque se recusou a aceitar a indicação de Lula para colocar Henrique Meirelles de volta no comando da Economia, fazendo uma opção por incompetentes (Guido Mantega) e tecnoburocratas (Joaquim Levy e Nelson Barbosa).
        Há dezenas de outros exemplos no Brasil e no mundo da força das leis do mercado, mas não adianta insistir com eles: suas cabeças (o fundo do cérebro), já estão tomadas pelas verdades cristalizadas e irremovíveis. São assim os perigosos esquerdopatas! Só as eleições, como estas últimas, serão capazes de derrotá-los ou, como diria Lula, de “extirpá-los”!


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Marcelo Freixo

Oscar Motomura

PauloFrancis

Guido Mantega


Joaquim Levy




Desastre em Mariana